
Resenha: Silverthorn (2012)
Álbum de Kamelot
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O primeiro da nova fase
Por: André Luiz Paiz
20/09/2018
Assim como o Queensryche perdeu o grande vocalista e compositor Geoff Tate, o mesmo aconteceu do lado de cá, com o Kamelot. Motivos diferentes, é claro, mas uma coincidência é clara em ambos os lados: com banda e vocalista juntos, o brilho começava a diminuir. Após recepção mista com o lançamento de “Ghost Opera” e principalmente “Poetry for the Poisoned”, o vocalista Roy Khan pediu para sair. Simples assim, chegou, avisou e partiu, surpreendendo a todos. Diante dos problemas que o Kamelot vinha enfrentando, do outro lado da moeda estava o grande guitarrista Thomas Youngblood que, assim como Khan, era parte chave no processo de criação do grupo. Em suas mãos, um nome para conduzir e reerguer. Assim, o Kamelot decidiu seguir em frente. Para substituir Khan foi escolhido: Tommy Karevik, um talentoso vocalista participante do grupo de metal progressivo Seventh Wonder. O acerto foi em cheio! Juntos, lançaram “Silverthorn” e resgataram a energia que fez com que o grupo se tornasse conhecido. “Silverthorn” é um álbum conceitual e fala da história de uma garota chamada Jolee, que morre tragicamente em uma queda presenciada pelos dois irmãos. Durante as músicas, vários problemas relacionados à garota e também sua família são expostos, revelando agressões e problemas psicológicos. A criação do conceito contou com a participação da vocalista Amanda Somerville, que também participa fazendo alguns vocais. Por falar nisso, a lista de convidados é grande, valendo destacar as belas e talentosas Elize Ryd (Amaranthe) & Alissa White-Gluz (Arch Enemy), que também contribuem com excelentes apresentações. A produção é fantástica e conta mais uma vez com os ótimos Sascha Paeth e Miro. Sobre as faixas, estamos diante de um trabalho coeso, em que nada se perde. Há uma notável proposta de retorno aos álbuns clássicos da banda, principalmente “Karma” e “The Black Halo”. Algumas mostram o lado mais progressivo do grupo, como é o caso da épica “Prodigal Son”. Das músicas mais diretas, “My Confession” é definitivamente um hit, pois capta-se a mensagem na primeira audição. Ainda neste sentido, se destacam também as ótimas “Sacrimony (Angel of Afterlife)”, “Torn” e “Solitaire”. Há também o característico lado mais denso e cadenciado do Kamelot, notável com destaque em “Ashes to Ashes” e “Veritas”. Por último, é obrigatório destacar a belíssima interpretação de Karevik na balada “Song for Jolee”. As demais faixas, inclusive as de abertura e encerramento, contribuem com estilo para a criação da temática proposta pela banda. Se você é fã dos álbuns clássicos do Kamelot, não irá se decepcionar com “Silverthorn”. Tracklist: 1. "Manus Dei" 2:12 2. "Sacrimony (Angel of Afterlife)" (feat. Elize Ryd & Alissa White-Gluz) 4:39 3. "Ashes to Ashes" 3:58 4. "Torn" 3:51 5. "Song for Jolee" 4:33 6. "Veritas" (feat. Elize Ryd) 4:35 7. "My Confession" 4:34 8. "Silverthorn" 4:52 9. "Falling Like the Fahrenheit" (feat. Elize Ryd) 5:05 10. "Solitaire" 4:56 11. "Prodigal Son" 8:52 "Part I: Funerale" "Part II: Burden of Shame (The Branding)" "Part III: The Journey" (feat. Alissa White-Gluz) 12. "Continuum" (silence at 1:53, cello solo at 2:49) 4:17
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