
Resenha: Emerson, Lake and Powell (1986)
Álbum de Emerson, Lake And Powell
Acessos: 769
Um ícone progressivo em um breve respiro nos anos 80
Por: Marcel Z. Dio
28/07/2018
O super grupo viveu tempos de gloria na primeira metade dos anos setenta. Shows teatrais, brigas, músicas intermináveis e toda a megalomania oriunda dos astros do rock, fizeram a cabeça dos fãs, é ... foi bom enquanto durou ! E o fim começou com o "abacaxi" conhecido como Love Beach (1978) lançado apenas para cumprir contrato com a gravadora, e ali terminava a saga do trio. Eis que em 1985 a vontade ou o dinheiro falaram mais alto e a dupla Greg Lake / Keith Emerson decidiram voltar. O esperto Carl Palmer não entrou na barca furada e recusou o convite permanecendo no Asia. A segunda opção para o novo cargo era Bill Bruford, e assim como Palmer, o baterista pulou fora, deixando a vaga para o rodado Cozy Powell, que alem de ótimo musico, ainda tinha um nome que rimava no final. O trabalho auto intitulado ficou apelidado de Score, pois a faixa de abertura realmente fez muito sucesso, servindo de trilha para programas esportivos e coisas do tipo. O som emulava os bons momentos da década passada, numa espécie de Fanfare For The Common Man repaginada. Learning to Fly pegava mais leve, o acento pop rock encadeava a boa canção, seguindo a linha AOR proveniente da época. Outra faixa de destaque foi Miracle, um pop sem firulas que mantinha a linearidade, com muitos efeitos de string nos teclados e uma bateria forte e marcada de Cozy. O single Touch Go abriu espaço até na MTV, reparem que as frases de Keith Emerson possuem o mesmo timbre seco de "brass" (aquele lance meio sanfonado) deixando as coisas com o ar démodé dos anos 70. No mais, Touch Go é mediana, assim como a parelha Love Blind. O suave jazz pop de Step Aside é uma das minhas preferidas, e mostra toda a abrangência sonora do trio, um trabalho bem fora dos padrões da banda e que funcionou bem. The Loco-Motion é um cover de Little Eva, que foi sucesso na mão do Grand Funk em 1974. O trio descaracterizou a obra dando ênfase aos teclados e estragou a música sem piedade !! ainda por cima deixou os vocais de fora. Observando que a trilha entrou somente como bônus. A versão de Mars the Brings of War do compositor inglês Gustav Holst, perdeu a aura caótica e sinistra após a introdução marchada, até a parte inicial o trio foi perfeito, após o feito, o que observamos é um festival de cafonice prog nos teclados de Keith Emerson. Com alguns escorregões aqui e acolá, o disco homônimo ainda vale a audição. A nova fase infelizmente durou pouco, apenas um disco e uma turnê. Pelo menos os fãs puderam matar a saudade após um hiato de oito anos.
As publicações de textos e vídeos no site do 80 Minutos representam exclusivamente a opinião do respectivo autor
Compartilhar
Comentar via Facebook
IMPORTANTE: Comentários agressivos serão removidos. Comente, opine, concorde e/ou discorde educadamente.
Lembre-se que o site do 80 Minutos é um espaço gratuito e aberto para que o autor possa dar a sua opinião. E você tem total liberdade para fazer o mesmo, desde que seja de maneira respeitosa.
Mais Resenhas de Emerson, Lake And Powell
"Emerson, Lake And Powell" não possui mais resenhas cadastradas. Começe a escrever agora mesmo.
Sugestões

Por: Tiago Meneses

Por: Roberto Rillo Bíscaro

Por: Roberto Rillo Bíscaro

Por: Fábio Arthur

Por: Tiago Meneses

Por: Márcio Chagas

Por: André Luiz Paiz