Craig Goldy e Vinny Appice recriam o "Whitesnake 87"!
Por: Márcio Chagas
20/02/2021
O Resurrection Kings nasceu de um projeto entre o produtor Serefino Perugino da Frontiers records e o guitarris 'Don't Have to Fight No More' ta Craig Goldy (Dio, Giuffria, Budgie e outros). Serafino pediu a Goldy que formasse uma banda ou um projeto para gravar um álbum de heavy metal tradicional. Imediatamente ele recrutou o vocalista Chas West (Bonham, Tribe Of Gypsies), uma vez que já tinham manifestado a vontade de trabalhar juntos. Para formar a cozinha vieram o baixista Sean McNabb ( Lynch Mob , Dokken , Quiet Riot , Burning Rain ) e a grande surpresa: seu colega dos tempos do Dio, o baterista Vinny Appice, conhecido também por seus trabalhos com o Black Sabbath e Heaven and Hell. Os teclados ficaram a cargo do produtor, compositor e músico Alessandro Del Vecchio e o novo grupo se reuniu na região da Lombardia, Itália para realizar as gravações. É nítido que o grupo foi reunido com o intuito meramente comercial, para gravar e fazer sucesso no meio do metal. Não parece existir um companheirismo por parte dos integrantes, reunidos pela gravadora para entregar um material pré determinado. Tal fato de maneira algum tira o mérito do disco, principalmente levando em conta que todos os músicos são excelentes no estilo que se propõe a fazer: Um hard rock / heavy metal de qualidade calcado em conceitos tradicionais do estilo, como Goldy / Appice fizeram nos primeiros anos com o Dio e nos demais grupos pelos quais passaram todos seus integrantes. O resultado não decepciona, a banda apresenta um Hard n´ heavy tradicional com pitadas de blues e AOR, produção limpa, cozinha coesa, com a bateria à frente, fazendo um contraponto com as guitarras bem timbradas e os vocais limpos de West em destaque. Falando no vocalista, esse tenta trazer para sua performance uma forte influência de David Coverdale dos primeiros anos e de Ronnie Dio em alguns momentos. Não é um cantor excepcional mas dá conta do recado com maestria. A cozinha McNabb / Appice mostra sua eficiência sem se arriscar: Ou seja, fazem aquela base característica dos discos 80´s do estilo sem arriscar com inovações. Sempre tive algumas reservas em relação a Craig como guitarrista, principalmente na sua primeira participação na banda de Dio ainda nos anos 80. Mas não dá pra comparar um jovem de vinte e poucos anos com a pesada tarefa de substituir uma figura carismática como viviam Campbell, com sua figura atual, um experiente músico que já rodou o mundo capitaneando grupos e projetos diversos. Goldy entrega uma performance acima da média, basta escutar sua entrada em “Who Did You Run To”. Outros destaques: ”'Don't Have to Fight No More” com forte influência da Rainbow de Blackmore; A cadenciada “Livin Out Loud”, que tem um pezinho nos anos 70 e nos remete remotamente ao Led Zeppelin; A pesada e melódica “Hard Enough” com refrão empolgante e riff grudento; E a boa balada “Never Say Goodbye” que poderia ter entrado no Whitesnake 87, tamanha similaridade com a sonoridade do grupo de Coverdale naquela época; O único álbum homônimo foi lançado em 2016 e apesar de boa receptividade a banda não voltou a se reunir até os dias de hoje. Uma pena, pois o quarteto tem fôlego para novos trabalhos de qualidade. “Resurrection Kings” não traz nenhuma novidade, mas se você gosta das bandas oitentistas como Whitesnake, Dokken, Dio, Blue Murder e outras similares, com certeza vai adorar este álbum.
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