Meio repetitivo
Por: Roberto Rillo Bíscaro
24/10/2020
A Itália aloja importante selo/loja virtual dedicado a prog rock e afins. Trata-se da Mellow Records, em cujo vasto catálogo no Bandcamp, você encontra infinidade de bandas, além dos famosos “álbuns ao vivo não-oficiais” pelos quais o país europeu sempre foi famoso/infame, dependendo do lado da cadeia de produção que você esteja. No começo do milênio, o dono da Mellow, Mauro Moroni, sugeriu a membros da banda neo-prog Moongarden que fundassem projeto paralelo para participar de um álbum-tributo ao Genesis. Tudo a ver, uma vez que a banda inglesa é segura fonte de inspiração de sucessivas ondas de neo-prog. Assim foi a gênese do Submarine Silence, cuja formação tem David Cremoni nas guitarras e violões, Guillermo Gonzales nos vocais (que às vezes derrapam no inglês), Cristiano Roversi nos teclados/baixo sintetizado e Emilio Pizzocoli na bateria. Em setembro, de 2016, lançaram seu terceiro LP, Journey Through Mine. A referência segue sendo Genesis, mormente os primeiros anos da era Phil Collins, de ’76 a ‘81/2. The Astrographic Temple abre com teclados outonais, que caberiam num álbum de Tony Banks, há curto trecho onde as coisas parecem que tomarão rumo mais experimental, mas logo desabrocham guitarra e teclados Mike Rutherfod e Tony Banks com o Genesis. Aqueles teclados que fazem uma espécie de eco que parece um coro, a batera copiando alguns andamentos de Collins, mudanças no tempo, na melhor faixa do álbum, porque a mais vibrante e focada. Black Light Back diminui o ritmo e intensidade e aponta com retorno à fase Gabriel, por momentos; em Swirling Contour, Gonzales tenta até “apodrecer” os vocais, como Peter Gabriel. Mas, ele não é o inglês e o Submarine Silence está longe da ebulição criativa/técnica do Genesis. Eventualmente, o material torna-se repetitivo: os caras armam cama de teclados que soa sempre igual e o guitarrista fica solando em cima. Mas não é de todo mal, há faixas que se salvam.
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