- Últimas Notas de Plastic Ono Band
-
- Últimas Notas de Plastic Ono Band
-
- Últimos Álbuns Votados de John Lennon
-
Milk And Honey (1983)
2.5 Por: Rafael Lemos
Double Fantasy (1980)
3 Por: Rafael Lemos
Rock 'N' Roll (1975)
3 Por: Rafael Lemos
Walls And Bridges (1974)
3.5 Por: Rafael Lemos
Mind Games (1973)
3.5 Por: Rafael Lemos
Some Time In New York City (1972)
2.5 Por: Rafael Lemos
Imagine (1971)
4.5 Por: Rafael Lemos
Plastic Ono Band (1970)
4.5 Por: Rafael Lemos
Unfinished Music No. 2: Life With The Lions (1969)
1 Por: Rafael Lemos
Wedding Album (1969)
1.5 Por: Rafael Lemos
Unfinished Music No. 1. Two Virgins (1968)
1.5 Por: Rafael Lemos
Live In New York City (1985)
4 Por: André Luiz Paiz
Milk And Honey (1983)
4 Por: André Luiz Paiz
Double Fantasy (1980)
4 Por: André Luiz Paiz
Rock 'N' Roll (1975)
3.5 Por: André Luiz Paiz
Walls And Bridges (1974)
4 Por: André Luiz Paiz
Mind Games (1973)
4.5 Por: André Luiz Paiz
Some Time In New York City (1972)
3 Por: André Luiz Paiz
Imagine (1971)
4.5 Por: André Luiz Paiz
Plastic Ono Band (1970)
4.5 Por: André Luiz Paiz
Unfinished Music No. 2: Life With The Lions (1969)
1 Por: André Luiz Paiz
Unfinished Music No. 1. Two Virgins (1968)
1 Por: André Luiz Paiz

O grande primeiro registro solo de John Lennon
4.510/01/2018
Em 1970, após o dramático e conturbado término dos Beatles, John Lennon viria a lançar uma de suas melhores obras: "John Lennon/Plastic Ono Band", seu primeiro trabalho solo de estúdio após alguns lançamentos experimentais. A dissolução dos Beatles causou traumas por todos os lados, gerando desgastes psicológicos, causando afastamento dos membros e um tremendo abalo nas amizades dos integrantes, principalmente entre John Lennon e Paul McCartney. O único aparentemente a ficar em campo neutro seria Ringo - que inclusive participa de algumas canções deste álbum e também do primeiro álbum solo de George. Logo após o término dos Fab Four, John e Yoko fizeram sessões de terapia com o famoso terapeuta Arthur Janov durante alguns meses. Nas sessões, Lennon precisou lidar com problemas relacionados à sua infância, adolescência e problemas familiares. Assim, muita da temática que circula o conteúdo do álbum está relacionada com estas experiências vividas no período. "John Lennon/Plastic Ono Band" é considerado por muitos o melhor trabalho solo de John. Na minha opinião, está sim no topo da lista, mas possui a companhia de outros trabalhos que também me encantaram por igual, como "Imagine" e "Mind Games". Para os aventureiros de primeira viagem, "John Lennon/Plastic Ono Band" é definitivamente um ótimo começo. O trabalho começa com a famosa e marcante balada "Mother", em que Lennon implora lamentando de início e aos berros em seguida, que sua mãe não se vá e que seu pai volte para casa. Uma faixa tocante. "Hold On" é uma canção com pouco menos de dois minutos. Para mim, uma das melhores. Uma faixa tão simples e ao mesmo tempo encantadora, com mensagens motivacionais entre John e Yoko. A primeira faixa mais rock é "I Found Out", em que John mostra certa desilusão com a propagação mal-intencionada de algumas religiões com base em outros interesses. Uma ótima faixa. Dentre as melhores do disco está: "Working Class Hero". Uma balada acústica meio folk e que desperta uma curiosidade: como teria sido sua execução ao vivo com somente Lennon e a platéia? Arrepia de imaginar. Excelente faixa, que trata da diferença entre as classes sociais. De volta ao rock, "Remember" soa densa e traz lembranças de Lennon do período em que fez terapia. A balada "Love" também é figura fácil nas coletâneas de Lennon. Uma linda faixa, que fala simplesmente o que é o amor sob a visão de Lennon. "Well Well Well" traz o rock de volta. Uma faixa um pouco polêmica devido ao conteúdo das letras, que tratam basicamente sobre o dia a dia de Lennon e Yoko, que participavam de diversos movimentos políticos e sociais naquele período. "Look at Me" é mais uma balada acústica que nos faz lembrar "Julia", do "White Album" dos Beatles. Curiosamente, descobri recentemente que a composição é remanescente das faixas criadas por Lennon naquele período. Realmente está abaixo das contribuições de John para o álbum lançado em 1968 pelos Beatles, mas a canção ainda sim é interessante. Preparados para um dos maiores clássicos de John Lennon? "God" é um desabafo magnífico de John, em que ele questiona a existência de alguns ídolos no início da canção e, por fim, questiona a existência dos Beatles, dizendo não acreditar em nenhum deles. Mais próximo do final, deixa a famosa mensagem "The Dream Is Over" soar de maneira triste. É facilmente notável que John se emocionou durante as gravações. Outro detalhe interessante, ainda sobre "God", é que ela conta com a participação do saudoso e fantástico cantor/tecladista/pianista Billy Preston. Encerrando o álbum, há ainda a faixa "My Mummy's Dead", uma gravação curtinha e com sonoridade caseira, provavelmente proposital, em que Lennon fala novamente sobre sua mãe. Um álbum intimista e introspectivo, em que Lennon compartilha os seus conflitos e dúvidas. Um grande início de uma carreira solo extremamente interessante, porém infelizmente curta.
O grande primeiro registro solo de John Lennon
4.510/01/2018
Em 1970, após o dramático e conturbado término dos Beatles, John Lennon viria a lançar uma de suas melhores obras: "John Lennon/Plastic Ono Band", seu primeiro trabalho solo de estúdio após alguns lançamentos experimentais. A dissolução dos Beatles causou traumas por todos os lados, gerando desgastes psicológicos, causando afastamento dos membros e um tremendo abalo nas amizades dos integrantes, principalmente entre John Lennon e Paul McCartney. O único aparentemente a ficar em campo neutro seria Ringo - que inclusive participa de algumas canções deste álbum e também do primeiro álbum solo de George. Logo após o término dos Fab Four, John e Yoko fizeram sessões de terapia com o famoso terapeuta Arthur Janov durante alguns meses. Nas sessões, Lennon precisou lidar com problemas relacionados à sua infância, adolescência e problemas familiares. Assim, muita da temática que circula o conteúdo do álbum está relacionada com estas experiências vividas no período. "John Lennon/Plastic Ono Band" é considerado por muitos o melhor trabalho solo de John. Na minha opinião, está sim no topo da lista, mas possui a companhia de outros trabalhos que também me encantaram por igual, como "Imagine" e "Mind Games". Para os aventureiros de primeira viagem, "John Lennon/Plastic Ono Band" é definitivamente um ótimo começo. O trabalho começa com a famosa e marcante balada "Mother", em que Lennon implora lamentando de início e aos berros em seguida, que sua mãe não se vá e que seu pai volte para casa. Uma faixa tocante. "Hold On" é uma canção com pouco menos de dois minutos. Para mim, uma das melhores. Uma faixa tão simples e ao mesmo tempo encantadora, com mensagens motivacionais entre John e Yoko. A primeira faixa mais rock é "I Found Out", em que John mostra certa desilusão com a propagação mal-intencionada de algumas religiões com base em outros interesses. Uma ótima faixa. Dentre as melhores do disco está: "Working Class Hero". Uma balada acústica meio folk e que desperta uma curiosidade: como teria sido sua execução ao vivo com somente Lennon e a platéia? Arrepia de imaginar. Excelente faixa, que trata da diferença entre as classes sociais. De volta ao rock, "Remember" soa densa e traz lembranças de Lennon do período em que fez terapia. A balada "Love" também é figura fácil nas coletâneas de Lennon. Uma linda faixa, que fala simplesmente o que é o amor sob a visão de Lennon. "Well Well Well" traz o rock de volta. Uma faixa um pouco polêmica devido ao conteúdo das letras, que tratam basicamente sobre o dia a dia de Lennon e Yoko, que participavam de diversos movimentos políticos e sociais naquele período. "Look at Me" é mais uma balada acústica que nos faz lembrar "Julia", do "White Album" dos Beatles. Curiosamente, descobri recentemente que a composição é remanescente das faixas criadas por Lennon naquele período. Realmente está abaixo das contribuições de John para o álbum lançado em 1968 pelos Beatles, mas a canção ainda sim é interessante. Preparados para um dos maiores clássicos de John Lennon? "God" é um desabafo magnífico de John, em que ele questiona a existência de alguns ídolos no início da canção e, por fim, questiona a existência dos Beatles, dizendo não acreditar em nenhum deles. Mais próximo do final, deixa a famosa mensagem "The Dream Is Over" soar de maneira triste. É facilmente notável que John se emocionou durante as gravações. Outro detalhe interessante, ainda sobre "God", é que ela conta com a participação do saudoso e fantástico cantor/tecladista/pianista Billy Preston. Encerrando o álbum, há ainda a faixa "My Mummy's Dead", uma gravação curtinha e com sonoridade caseira, provavelmente proposital, em que Lennon fala novamente sobre sua mãe. Um álbum intimista e introspectivo, em que Lennon compartilha os seus conflitos e dúvidas. Um grande início de uma carreira solo extremamente interessante, porém infelizmente curta.
Os textos publicados na página do 80 Minutos representam exclusivamente a opinião do autor