
Resenha
Forever Black
Álbum de Cirith Ungol
2020
CD/LP
Por: Marcel Dio
Colaborador Sênior
10/01/2022
Tradição é tradição e vice-versa!
Tá bom, tem um povo que odeia a voz de Tim Baker, acho compreensivo, mas discordo da brincadeira de que são a pior melhor banda do mundo ou... a pior mesmo. Portanto, vamos tirar a sujeira dos ouvidos e ficar atentos, pois a tosquice do Cirith Ungol é um dos fatores de devoção, não importando a voz esganiçada de Tim. O som deles é cavernoso e raiz. A prova é que já eram maduros quando lançaram o debut Frost and Fire, haja visto que são de 1971 e o álbum de estreia saiu só em 1981. Registra-se que a capa de Frost and Fire foi lançada (trocada) por aqui com o segundo disco intitulado King of the Dead, mostrando mais uma vez o "zelo" que as gravadoras e seus braços tinham com o público brasileiro. Contudo, nas vésperas do fim do mundo, eis que surge um novo álbum do Cirith Ungol, hum ... nem tão novo assim, é que o resenhista está atrasado mesmo. Tão atrasado que eles lançaram até um EP em 2021 (Half Past Human), outro que vale a conferencia e leva nota alta. Forever Black valeria só pela capa e nostalgia, afinal, o último de inéditas foi com Paradise Lost (1991), descartando-se o single Witch's Game. Fosse pelos dois fatores os fãs abririam um largo sorriso, mas o êxtase prossegue com a música e o seguimento intacto, como se o tempo parasse em 1991 e o processo de gravação vingasse no outro ano. Até mesmo a produção deixa nítido que não queriam nada digitalizado, mais uma vez acertam na mosca entre o antigo e moderno, o bom senso reinou. Sem artimanhas de estúdio, propagandas e tudo o que uma banda famosa tem a seu favor, o Cirith Ungol engole a maioria dos lançamentos consagrados e solta riffs, solos monumentais e dedilhados de introduções épicas, em um álbum que repetir é obrigação! Nesse tempos finais minha trilha é essa, se o mundo vai se explodir quero ver tudo ouvindo Cirith Ungol. O nome estranho vem da passagem na montanha do romance épico de fantasia de J. R. R. Tolkien, O Senhor dos Anéis. O grande grupo de Orcs e Uruks que viviam na Torre de Cirith Ungol. Aos mais jovens que não ouviram nada deles, sejam bem vindo a casa, ao mais velhos, peguem sua taças de rum e voltem ao trono ao som desse lançamento com oito espadas mortais e a catapulta com pedra de fogo, chamada: Nightmare. Álbum bom é assim, quarenta minutos de som para gente grande, sem alardes, músicas de duas horas e propaganda enganosa. Sem mais, ouçam até gastarem os ouvidos! * Resenha dedicada a Jack Bracan (Enciclopédia). Valeu mestre e amigo roqueiro, siga seu caminho pela luz. R.I.P irmão.
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Sobre Marcel Dio

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Sobre o álbum

Forever Black
Álbum disponível na discografia de: Cirith Ungol
Ano: 2020
Tipo: CD/LP
Avaliação geral: 5 - 1 voto
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