Não há elogios suficientes
Cá está um dos álbuns que mais ouvi na vida. "Misplaced Childhood", o terceiro álbum do Marillion e o disco que atravessou todas as fronteiras do Rock Progressivo. Vamos falar um pouco sobre ele... O Marillion causou um certo impacto quando, em 1983, lançou seu disco de estreia, o belo "Script for a Jester's Tear". Sofreu algumas críticas pela falta de originalidade e similaridade com os trabalhos do Genesis, principalmente da era Peter Gabriel. Conseguiu se desvincular um pouco destes rótulos com o próximo álbum: "Fugazi", lançado no ano seguinte e que também é um grande álbum. Mas, ainda faltava algo. Já em 1985, com "Misplaced Childhood", viria o reconhecimento definitivo. "Misplaced Childhood" levou o Marillion ao topo. Além de sua temática dramática sobre a infância e amores perdidos de Fish - este um grande letrista, a parte instrumental é simplesmente perfeita. As composições são fenomenais e se complementam sem exceções e deslizes. Um álbum brilhante. "Pseudo Silk Kimono" inicia o álbum com uma grande atmosfera. Em seguida, "Kayleigh" vem para atar as mãos do ouvinte, tornando-se impossível interromper sua audição. Um dos grandes hits da banda, que é executado até hoje na era Hogarth. "Lavender" emociona e provoca arrepios. Que balada maravilhosa. Avançando para a primeira faixa mais complexa, "Bitter Suite" é extremamente interessante e diversificada. Quando retoma o tema de "Lavender", nos sentimos novamente em casa, prontos para encarar a espetacular: "Heart Of Lotian". Aqui, os dedos não param, loucos para acompanhar Ian Mosley na bateria e a guitarra de Steve Rothery. "Waterhole (Expresso Bongo)" age como uma "Pseudo Silk Kimono" mais pesada, iniciando o "lado B". Grande faixa e com grande atuação de Fish. "Lords of the Backstage" é excelente, apesar de curta, com destaque total para Fish, que insiste com os dizeres "I just wanted you to be the first one" e classificando a canção logo no início como "A love song with no validity". Prepare-se, pois chegamos em "Blind Curve". Uma obra-prima! Uma canção emocionante e uma das melhores canções de rock progressivo que já ouvi. Aqui só nos resta apreciar e compartilhar o sofrimento de Fish ao vê-lo implorando por sua infância de volta. E para finalizar, "Childhood's End?" e "White Feather" encerram o trabalho com o mesmo nível das faixas anteriores, suavizando as coisas e realçando a faceta melódica da banda. Como adendo, até as faixas bônus das versões especiais, "Lady Nina" e "Freaks", também devem ser ouvidas, pois são bem interessantes. Obrigado Marillion, pelo "Misplaced Childhood", um companheiro de grandes momentos que tive.
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Sobre o álbum

Misplaced Childhood
Álbum disponível na discografia de: Marillion
Ano: 1985
Tipo: CD/LP
Avaliação geral: 4,83 - 15 votos
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