
Resenha
Into The Wild
Álbum de Uriah Heep
2011
CD/LP
Por: Márcio Chagas
Colaborador Sênior
30/07/2021
Um álbum com a sonoridade marcante do Heep
Muitas bandas tentam modernizar seu som e acabam descaracterizando o estilo pelo qual se tornaram consagrados. Apenas uma pequena parte consegue entregar ao ouvinte um novo disco de inéditas inspirado e mantendo suas características principais. Felizmente o Uriah Heep faz parte deste segundo time. A banda entrou em estúdio para gravar seu 22º álbum tendo o líder e guitarrista Mick Box como o único integrante original. Porém, o que se vê em “Into The Wild” é um grupo coeso e inspirado que mantém sua sonoridade principal, entregando um disco cheio de canções dinâmicas e pesadas. O petardo é bem orientado pela guitarra, mostrando a competência de Box, um guitarrista subestimado. Phl Lanzon ferve seus teclados, capturando a essência de seu antecessor, o mítico Ken Hensley. O baixista Trevor Bolder e o baterista Russel Gilbrock estão pra lá de entrosados. É notório que o estilo vigoroso de Gilbrock trouxe mais peso para o grupo. E o vocalista Bernie Shaw que está há mais de 30 anos a frente de grupo se tornou a voz definitiva do Heep. São onze faixas com um hard rock pungente, com guitarras e teclados em igual profusão, além vocais líricos e competentes. Os destaques são: A cadenciada “Nail on the Head”, que abre o play com seu refrão ganchudo, comandado por paredes de guitarra. Uma canção que poderia figurar em qualquer clássico da banda; “I Can See You”, rápida e me lembra Hocus Pocus do Focus. Tem aquele solo pungente de guitarra que só Mick Box sabe criar; “Money Talk” tem bom jogo de vocais e mostra um Gilbrock insano no final; “Lost” traz Bolder nos vocais e uma forte influencia do progressivo; “Southern Star” é sofisticada, com partes mais amenas, paredes de teclados e vocais que lembram o Queen; E ainda tem a faixa titulo que se parece muito o Deep Purple oitentista; É gratificante ver como o Uriah Heep mantém a tradição de gravar grandes discos como se ainda vivesse nos anos 70, mas sem soar caricato. Um disco que merece ser ouvido por completo. Vale mencionar que este foi o último trabalho a contar com o baixista Tervor Bolder, que viria a falecer dois anos depois.
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Sobre Márcio Chagas
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Sobre o álbum

Into The Wild
Álbum disponível na discografia de: Uriah Heep
Ano: 2011
Tipo: CD/LP
Avaliação geral: 4,12 - 4 votos
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