Item: Morbid Angel - Covenant
Rating: 3.5
Author: Fábio Arthur

Resenha

Covenant

Álbum de Morbid Angel

1993

CD/LP

Por: Fábio Arthur

Colaborador Especialista

01/07/2021

Em ascensão

Logicamente, toda banda tem seu momento em que se torna parte de um ponto de ascensão, e esse terceiro disco do Morbid Angel, "Covenant", trouxe essa força.

Foi a partir desse trabalho que a banda ficou conhecida pelo público que não era tão underground. Seguindo a vertente Death Metal, mas com pegada elaborada, o grupo chegou de fato com tudo, e foi referência até na MTV.

Os temas do disco seguem aquela linha envolvendo o segmento de ocultismos e magias. A banda trouxe para a artwork um elemento de uma página do livro chamado de Book of Cerimonial Magic. Flemming Rasmussen ficou a cargo da produção, mas o Morbid também deu força ao elemento final de estúdio, o que de fato não soou tão bem.

No teor musicalidade, logicamente a bateria Pete Sandoval fez a diferença, absurdamente. Os solos de guitarra de Trey são menos interessantes em inúmeras passagens, no entanto também soam evoluídos em alguns momentos. A fonte vocalizada de Vincent soa mais grave e muito bem no trabalho.

A banda após obter espaço em mídia, foi para a estrada com o Black Sabbath e o Motörhead. O que lhes rendeu bom status.

Uma obra que rendeu 150 mil cópias nos EUA, e assim, pode-se afirmar que foi um dos momentos mais importantes do grupo que, mesmo sem sua formação original, ainda mantém a carreira ativa. Por vezes você sente no disco uma influência do Death e do Sepultura em várias faixas, as duas bandas citadas eram uma das mais ouvidas em época.

"The Lions Den" soa cadenciada, com bumbos duplos acelerados e vocal bem acirrado no termo grave. Já a famosa do disco, "God of Emptiness", trouxe o grupo para o público maior, e "Rapture", que abre o álbum soa bem mais moderna que o passado do grupo, mas não deixa de ser a cara do Morbid. Em mais um momento fértil, eu cito a faixa "Pain Divine" como uma das preferidas e a mesma vem na linha de peso, puro Death/Thrash.

Até aqui esse ponto eu creio que o Morbid foi bem relevante, sendo ele mesmo, mantendo algo do seu passado, mas sem se comparar ao debute. Para quem adora Death Metal, é um prato recheado de boas sacadas.

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Sobre Fábio Arthur

Nível: Colaborador Especialista

Membro desde: 04/02/2018

"Obtive meu primeiro contato com o Rock, com o grupo KISS no final de 1983, após essa fase, comecei a me interessar por outros grupos, como Iron Maiden, do qual ganhei meu primeiro vinil o "Killers" e enfim, adquiri o gosto por outras bandas, como Pink Floyd, John Coltrane, AC/DC entre outras."

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