Na roda do Samsara
Sempre que o Accept lança algo lá vai a mídia especializada puxar o saco. O fato é que tudo que apresentam após a saída de UDO, são repetições. É como pegar um tijolo colocar num molde e depois fazer uma pintura diferente, mas o conteúdo continua sendo tijolo. Assim como fazem a mais de vinte anos o Grave Digger, Running Wild e Iron Maiden. Sinto muito, mais já deu no saco, enjoou. Quando Blood the Nations saiu, ouvi horrores, que era isso, aquilo e mais um pouco. Lógico que fui correndo conferir e comprei minha cópia, e ao terminar a audição constatei como era maçante ao extremo, e os vocais de Mark Tornillo o mais carne de vaca possível, hibrido de Brian Johnson e do próprio Udo. Por isso abandonei o Accept com sua nova turma. Tudo bem que a linha evolutiva do Accept não seja mudar a toda hora. Não quero ser viúva de Udo Dirkschneider, até porque amo sua trajetória no Accept ao ponto que acho sua carreira solo um porre atrás do outro. A produção de Too Mean to Die é ótima, e os solos são bons sim, mas falta ousadia em sair dos mesmos riffs e apostar em pelo menos algumas faixas que apresentem algo experimental, que fuja do velha regra do metal, pois o que serão lembrados são justamente essas. The Best Is Yet to Come poderia ser um desses exemplos, de dar uma freada nessa xerocada de progressões de guitarra e abrir uma trilha na floresta. Pois não adianta ficar com coros de "Ooohh, Ooohh, Oooh" como em How Do We Sleep dando enfase a pieguice dominante ao qual nem solos mega elaborados conseguem apagar a impressão do : hum ... parece que ouvi isso antes. A instrumental Samson and Delilah é assertiva e por isso a melhor canção, com solos magníficos e influenciada por música árabe. Do mais, é esperar lançamentos de centenas de grupos heavy metal que insistem em apertar a mesma tecla por décadas, sem tentar escapar do comum para não desagradar fãs de carteirinha, ganhar pontos com a mídia e reviver os anos 80 com uma capa de modernidade que só engana pela produção digitalizada. Ainda assim a nota passa da média, e o disco de jeito maneira é ruim. Somente peço aos talentosos músicos que tentem sair um pouco do trivial. Ora, se quiser ver ou ouvir a mesma ladainha vou ligar a TV no SBT e assistir novela mexicana ou ver o programa da sonsa e chorosa Sonia Abrão.
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Sobre Marcel Dio

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"Sou um amante da música, seja em qualquer estilo, rock, blues, jazz ou pop."
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Sobre o álbum

Too Mean To Die
Álbum disponível na discografia de: Accept
Ano: 2021
Tipo: CD/LP
Avaliação geral: 3,3 - 5 votos
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