
Resenha
Brothers In Arms
Álbum de Dire Straits
1985
CD/LP
Por: Fábio Arthur
Colaborador Especialista
21/01/2021
Elevando a carreira de forma destoada
Confesso que, ao ouvir esse disco quando saiu em vinil na sala de casa, quando meu pai me presenteou com ele, fora uma grata surpresa. Mas, ao mesmo tempo e quando o ouço hoje, eu sinto que ele não exerce e nem nunca exerceu seu papel sonoro de responsabilidade. Primeiro, porque a banda vinha de alguns discos muito coesos e com o devido conteúdo tanto no elemento música como na abordagem de temas. Aqui então, em Brothers in Arms, a obra teceu um nível abaixo e soou como um disco arrastado e dotado de pecados que não são e nem foram aceitos. Mudar a direção parece ser algo importante no curso de carreira, mas chegar a optar por alterar a massa corriqueira e abrangente é muito para qualquer fã. São 55 minutos de Pop Rock e sem um nivelamento próprio e salvando alguns itens, o Straits fica aqui devendo e muito. Entre duas poderosas, a Warner e a Vertigo, a banda conseguiu o que queria: chegar ao mainstream, firme e forte. A obra tange o seguimento de época, ganhou a MTV e seus ardorosos fãs diretamente sem dó e piedade. Foram 4 singles de alto sucesso e vendas ótimas e turnê idem. O diferencial está em ser o primeiro a obter uma forma de mixar inovadora e isso estamos falando de 1985, no quesito digital, nesse caso. Também chegou como pioneiro a alcançar o 1 milhão em vendas de formatos digital, ou seja, em CD. O grande processo de gravação, que foi obtido em uma espécie de ilha e chegou a ser um dos pontos altos nesse quesito na carreira do grupo; trouxe um ótimo nível, de fato, nessa área. E dá-lhe Sting no apoio de voz em Money for Nothing, com sua letra peculiar e realista. Seguindo, temos So Far Away, Why Worry, Ride Across the River e Brothers in Arms, com sua analogia fundamental e letra profunda. A arte de capa é muito legal com violão Doblo em questão e mostra um cenário pacífico e muito chegado ao contexto musical. Não li nenhuma das resenhas deste disco para fazer a minha, mas confesso que a do meu amigo Marcel Z. Dio me deu coceira para espiar (risos), em suma, agora já posso lê-la com a dedicação de sempre. Vale como um álbum de época e bom, mas peca pelo excesso pop mesmo que necessário. Gosto e desgosto, infelizmente ou felizmente.
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Sobre Fábio Arthur

Nível: Colaborador Especialista
Membro desde: 04/02/2018
"Obtive meu primeiro contato com o Rock, com o grupo KISS no final de 1983, após essa fase, comecei a me interessar por outros grupos, como Iron Maiden, do qual ganhei meu primeiro vinil o "Killers" e enfim, adquiri o gosto por outras bandas, como Pink Floyd, John Coltrane, AC/DC entre outras."
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Sobre o álbum

Brothers In Arms
Álbum disponível na discografia de: Dire Straits
Ano: 1985
Tipo: CD/LP
Avaliação geral: 4,56 - 8 votos
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