
Resenha
The Book Of Taliesyn
Álbum de Deep Purple
1968
CD/LP
Por: José Esteves
Colaborador Especial
22/09/2020
Mais do bom da estreia
Após o sucesso do álbum anterior nos Estados Unidos (contrastando com o total desprezo das paradas inglesas), a banda fez uma turnê na América abrindo para o Cream. Apenas dois meses de gravações depois da viagem e o disco foi lançado. O disco alcançou o top 100 das paradas americanas e foi, de novo, completamente ignorado pelos britânicos, vendendo 900 mil cópias mundialmente. O disco segue a linha do anterior, só que um pouco mais clássico e pesado. O vocal do Rod Evans ainda é o pior que a banda tinha a oferecer individualmente: Jon Lord e Ian Paice estão mais entrosados do que nunca, com a adição da guitarra de Ritchie Blackmore cada vez mais pesada e querendo aparecer nos holofotes. As influências de música clássica do Jon Lord dão uma apimentada no que poderia ser só um álbum “mais do mesmo” e fazem do disco o primeiro a ter faixas que combinam com o que o Deep Purple ia apresentar no futuro. De novo, o álbum segue a linha de originais e covers. Os covers, dessa vez, não variam tanto de qualidade, com todos os covers tendo algum valor: apesar de ninguém ter pedido uma versão progressiva de mais de 10 minutos de “River Deep, Mountain High”, a versão repaginada de “Kentucky Woman” pegou a original e transformou ela em um rock pesado de responsabilidade. As originais são, basicamente, composições de rock com tempero clássico inserido pelo Jon Lord e com os melhores solos de guitarra que os anos 60 tinha a oferecer: “Wring the Neck” é um instrumental que parece uma disputa entre os dois instrumentos para ver quem tem lugar na banda e “Exposition” é uma marcha fúnebre que serve como introdução do cover de “We Can Work It Out”. A melhor música do álbum é “Anthem”, mas é uma decisão meio dividida. No início, temos uma canção bem flower power década de 60; admitidamente, o vocal de Rod Evans nessa música é o melhor do álbum, levando bem uma música bem calma e tranquila. Do nada, a música quebra e entra um instrumental do Jon Lord no teclado, com o Ian Paice destruindo uma bateria e o Ritchie Blackmore quebrando tudo com a guitarra: parece realmente que a banda tem bem mais liberdade quando não tem que abrir espaço para o Rod Evans.
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Sobre José Esteves

Nível: Colaborador Especial
Membro desde: 26/08/2020
"Eu gosto muito de rock clássico e tenho um blog de resenhas minhas em disconomicon.wordpress.com. Minhas bandas preferidas são Deep Purple, Queen, Beatles e Pink Floyd e tento também ouvir o que está mudando o cenário nos dias de hoje."
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Sobre o álbum

The Book Of Taliesyn
Álbum disponível na discografia de: Deep Purple
Ano: 1968
Tipo: CD/LP
Avaliação geral: 3,7 - 10 votos
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