Item: Pantera - Power Metal
Rating: 4.5
Author: Marcel Dio

Resenha

Power Metal

Álbum de Pantera

1988

CD/LP

Por: Marcel Dio

Colaborador Sênior

31/05/2020

Se o passado condena, quero ser condenado a ouvir Power Metal por muito tempo

Eis a curiosa estória de uma banda que esquece o passado pela divisão de sons, partindo do hard 80 até o thrash nervoso contado em Cowboys From Hell - "a iniciação".
Alguns fãs, inclusive eu, abraçaram essa ideia e deixaram a escanteio os discos anteriores, mesmo sem ouvi-los (novamente, meu caso).
Tudo aconteceu pela propaganda fake de que foram batizados em um som mais farofa. Ouvindo com atenção percebemos que não foi bem assim, acusa-los de ser glam metal não é o fim, sim questão de separar o bom e o ruim de cada estilo.
Esse lado "podre" pode ser encontrado em bandas como Keel, Nelson, Europe e outras parvoíces preocupadas em por a cabeleira em dia, pegar groupies e cuspir as famosas baladas power, esperando em seus shows que a luzes apagassem para os discípulos erguerem isqueiros acesos enquanto choravam emocionados. Cenas patéticas que só o rock é capaz de criar.

Desse modo, convém dizer que o trampo parte ao speed e ao hard sem firulas - fundido ao heavy tradicional, conforme o descrito na capa : Power Metal !, mas não a segunda onda definida por Blind Guardian, Edguy, Stratovarius e aos que receberam o epíteto de power melódico ou sinfônico.
Power Metal "o álbum", está recheado de canções maravilhosas em apostas de riffs memoráveis e solos bem processados, na capacidade de Dimebag Darrell como um dos melhores guitarristas de sua geração. Também correto mencionar o trabalho vocal do recém chegado Phil Anselmo, cantando de maneira livre, ainda "verde" não ficava preso a regras que amarrariam-o no futuro.

No resultado geral existe consistência em todas as etapas. Um clássico do speed com faixas que ficam melhores a cada tempo. Rock the World, We'll Meet Again, Over and Out e Burnnn! são os tesouros que todos fuçam no youtube e raramente acham.
As vezes procuramos diamantes mundo afora e esquecemos que eles podem estar em nossa cara, enterrado em nossos quintais.

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